“Estou feliz por ter regressado a Portugal”


Médio do Oriental destaca o papel do SJPF.

O médio português de 33 anos, que representa o Oriental, está satisfeito com o regresso a Portugal, depois de ter jogado nove temporadas no estrangeiro. Em entrevista ao SJPF, Bruno Aguiar fala da prestação do clube lisboeta na Taça de Portugal e da lesão que o afastou dos relvados nos últimos quatro meses.

Como é que os jogadores do Oriental viveram o apuramento para os oitavos-de-final da Taça de Portugal [a equipa lisboeta venceu o Vitória de Setúbal por 1-0]?

Foi uma alegria muito grande. É um marco histórico para o clube e todos os jogadores mereceram a vitória de ontem.

Acreditas que o Oriental pode continuar a fazer história na Taça?

A Taça é isso mesmo. Num só jogo tudo pode acontecer, como ficou comprovado ontem em 90 minutos. Com o que a nossa equipa tem e com a qualidade que os nossos jogadores têm, é óbvio que há adversários mais poderosos, mas a eliminatória decide-se apenas num jogo e de certeza que não vamos entrar em campo derrotados, seja contra quem for.

Como é que está a ser o regresso ao futebol português, depois de quase uma década a jogar no estrangeiro?

Não correu muito bem porque lesionei-me logo no segundo jogo da Taça da Liga, mas faz parte do futebol. Estou feliz por ter regressado a Portugal. Tinha saudades do nosso país e de jogar aqui. O Oriental é um clube que me recebeu bem e estou feliz por pertencer a este grupo. Apesar de estar na II Liga continuo motivado para jogar e assim vou fazê-lo. Neste momento estou quase a 100% para poder ajudar a equipa.

Como é que estás a viver este período, depois de teres enfrentado uma longa paragem por lesão?

Está tudo a correr bem. Ontem já fiz parte do lote de convocados, mas ainda não pude jogar devido às condicionantes do jogo. O mais importante foi a equipa ter ganho ontem e a partir de agora, com os treinos e com muitos jogos, de certeza que vou atingir a forma ideal para poder ajudar o Oriental.

Sendo um dos atletas mais experientes do plantel, qual é a mensagem que transmites aos jogadores mais jovens do Oriental?

Digo-lhes para continuarem como têm estado porque eles têm muita vontade e determinação, o que é muito importante. Quando assim é, as coisas têm tendência a correr bem. Eles não têm tido muita sorte no campeonato porque a nossa classificação não transmite o que os jogadores têm feito dentro do campo. O grupo tem feito um bom campeonato e a classificação não reflecte em nada a qualidade dos jogadores do Oriental porque, apesar de a maior parte deles ter jogado em escalões inferiores, são futebolistas que, pelo querer e pelo que têm demonstrado, podem atingir outros voos.

Quais são os teus planos para o futuro?

Neste momento é apenas estar a 100% no Oriental e garantir o objectivo traçado para esta temporada, que é a manutenção na II Liga.

Quando terminares a carreira de jogador pretendes continuar ligado ao futebol?

Ainda não me debrucei sobre isso. Acabei de chegar a Portugal, estou aqui há pouco tempo e neste momento ainda sou jogador. Gostava de continuar ligado ao futebol mas não é uma prioridade a 100%, na medida em que não sei o que o futuro me reserva, mas não estou muito preocupado com isso. Tenho condições para jogar futebol e, enquanto isso for possível, vou ser jogador. Quando decidir que vai chegar o momento de parar, aí sim, talvez me vá debruçar sobre aquilo que realmente pretendo fazer.

O que pensas do trabalho do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF)?

Apesar de ter estado muitos anos no estrangeiro, penso que o Sindicato serve para apoiar o jogador porque, por vezes, o futebolista está um pouco desapoiado quando não recebe, quando tem problemas com certos clubes e, nesse aspecto, o Sindicato é muito importante para apoiar o jogador em qualquer situação em que esteja envolvido.