O camisola 20 do Belenenses, Filipe Ferreira, só tem uma superstição na hora de entrar em campo: “entro com o pé esquerdo, por ser esquerdino”, de bota Power, da Puma, de preferência.

Pé esquerdo que, para Filipe Ferreira, é o seu ponto mais forte enquanto jogador, a par da qualidade de passe, o bom jogo posicional e o seu poder de remate. É às custas dele que sonha jogar no Real Madrid, a melhor equipa da actualidade, na sua opinião.

Se não fosse jogador de futebol, Filipe Ferreira teria seguido a carreira em Gestão, curso onde ingressara para salvaguardar o futuro, caso não tivesse singrado no futebol.

Mas muito por culpa de vários treinadores e da sua qualidade com a bola nos pés, o lateral do Belenenses acabou por encontrar o seu lugar nos relvados. Senão vejamos: “todos os treinadores que tive foram importantes à sua maneira. O Toni Pereira porque me reconheceu qualidades e me permitiu a subida aos seniores, o João de Deus porque me adaptou a lateral esquerdo, o Mitchell Van der Gaag porque apostou em mim no Belenenses e me permitiu estrear na I Liga e pelo ano incrível da subida, o Lito Vidigal pela importância que teve na manutenção e pela época fantástica que estamos a fazer, e o Rui Jorge porque me deu oportunidade de ser internacional sub-21”.

Esse ano da subida, por exemplo, teve alguns dos jogos mais emocionantes da vida de Filipe Ferreira. Agora o objectivo é “chegar ao topo do futebol: jogar a Liga dos Campeões e ser convocado para a Selecção”. Talvez para seguir as pisadas de Zidane, que sempre tanto admirou.

Filipe Ferreira é homem de viagens: a melhor de todas foi a que fez a Itália, em que visitou o país ao longo de duas semanas. No iPod, ouve-se hip hop, R'n'B e kizomba. O resto dos tempos livres é ocupado com amigos, no cinema, na praia ou a ler.