“Prefiro que sejam os outros a avaliar-me”


As preferências do avançado do Oriental.

O avançado de 28 anos que representa o Oriental, Carlos Saleiro, não é um homem de muitas superstições. Normalmente, “tento concentrar-me ao máximo e benzo-me antes de entrar em campo”, sempre munido das Adidas F50, que tanto lhe agradam.

De número nove nas costas, Saleiro leva sempre na memória o jogo que mais o marcou: “foi um Sporting – Atlético de Madrid, nuns quartos-de-final da Liga Europa”, recorda, “tínhamos empatado 0-0 na primeira mão em Madrid e, em Lisboa, fomos eliminados sem perder, após outro empate, desta vez a duas bolas. Lembro-me que falhámos muitos golos e que fizemos uma grande exibição. Mas do outro lado estava o Sergio Aguero, que marcou dois tentos, e o De Gea, que defendeu tudo o que havia para defender”.

O ponta-de-lança não sabe o que faria da vida sem o futebol, até porque sempre teve como referência vários futebolistas: Pauleta, Beto Acosta, Mário Jardel, Liedson. Quanto a treinadores, “todos me marcaram de alguma forma, mas seria injusto não referir pessoas que foram e continuam a ser importantes na minha vida: Paulo Bento, Rui Vitória, Carlos Carvalhal e, agora, João Barbosa, treinador jovem do Oriental, que "tem grande qualidade e margem de progressão, a quem todos prevêem uma carreira de grande sucesso”.

Saleiro, qual é a melhor equipa da actualidade? “Real Madrid”. E onde mais querias jogar? "Já realizei esse sonho. Jogar pelo Sporting, que é o meu clube do coração, e onde passei 16 anos, numa casa que me deu tudo e, naturalmente, vai influenciar-me para toda a vida”.

Saleiro não gosta de falar de pontos fortes ou fracos no seu jogo (“prefiro que sejam os outros a avaliar-me”), mas tem uma forte ambição para esta época: “fazer uma grande temporada a nível colectivo e individual no Oriental para que possa voltar a jogar ao mais alto nível”.

Fora dos relvados, Saleiro assume que ouve "um pouco de tudo, embora goste mais de kizomba". Sempre que pode, o Call of Duty ou o Fifa, que joga na PlayStation, são bem-vindos, mas ver partidas de futebol não costuma ficar de parte. O avançado tem também um gosto especial por viagens: até agora, a melhor de sempre foi a que fez aos Estados Unidos.