"O jovem jogador português vai aparecer mais na I Liga"
Nelson Oliveira é sinónimo de golos. Mas não só. É também sinónimo de esperança, ou não fosse ele um dos jogadores mais promissores da sua geração.
Aos 20 anos, o avançado do Benfica e da Selecção Nacional de sub-21 tem, apenas, no currículo um título nacional de juvenis, mas foi considerado o segundo melhor jogador do Campeonato do Mundo de sub-20, na Colômbia, competição em que Portugal foi igualmente vice... “Fizemos tudo para ganhar e acabámos por fazer um grande Campeonato do Mundo!”, sublinha Nelson Oliveira, certo de que “o jovem jogador português vai aparecer mais” na primeira linha do futebol nacional.
Nasceu para o futebol no pequeno Santa Maria e saltou, depois, do Braga para o Benfica. Desde logo com exibições que não deixaram grandes dúvidas quanto ao seu talento. Nelson Oliveira tem uma apreciável capacidade física e é dotado de excelente técnica individual. Alia a isso grande mobilidade, joga com ambos os pés e tem uma evidente facilidade de remate. O futuro é já ali e Nélson Oliveira encara de frente os desafios que o futebol tem para si.
Que expectativas ficaram depois daquele Mundial de sub-20?
Julgo que demonstrámos que temos uma geração de muita qualidade e com bastantes jogadores para serem aproveitados no futuro. Creio que honrámos o País, conseguimos uma participação bastante digna e de que muita gente não estaria à espera. Creio mesmo que a maioria das pessoas não estava nada à espera que tivéssemos uma participação tão boa, mas a verdade é que provámos, acima de tudo, que aquele grupo tem bastante qualidade!
Portugal merecia mais do que o segundo lugar?
Faltou-nos um pouco de sorte na final, porque em nada fomos inferiores ao Brasil. Acho que eles tiveram a sorte do jogo... O primeiro golo é um bocado fortuito, porque a bola foi cruzada e acabou por enganar o Mika, no terceiro golo penso que ele também queria cruzar e acabou por fazer um grande golo, por isso digo que não fomos inferiores a eles, o que nos causou um certo amargo de boca. Julgo que podíamos ter conquistado o título, era mais bonito se assim tivesse sido, mas só temos de estar de cabeça levantada. Fizemos tudo para ganhar e acabámos por fazer um grande Campeonato do Mundo!
O treinador apelidou-vos de Geração Coragem... Aquela selecção foi, acima de tudo, uma equipa de trabalho ou acha que podemos acreditar que o futebol jovem português vai voltar às grandes conquistas?
Acho que fomos uma equipa consciente e que sabia que tinha de usar as suas armas para ganhar os jogos. Sabíamos que havia outras equipas, como a França, por exemplo, que tinham jogadores, não digo com mais qualidade mas mais experimentados, que já tinham jogado nas principais equipas e muitos deles na I Liga francesa... Na nossa selecção havia poucos jogadores com esse ritmo competitivo mas, em termos de qualidade, estávamos bem servidos. Tivemos de adoptar o nosso sistema de jogo... Muitas pessoas diziam que a nossa equipa não tinha um futebol muito bonito, mas o objectivo do futebol é ganhar e, em termos práticos, o nosso futebol dava resultados e era difícil marcarem-nos um golo... Defendíamos todos bem, éramos solidários e, no ataque, acabávamos por ser perigosos e as equipas não se podiam distrair muito connosco... Soubemos aproveitar tudo isso e chegámos à final... Só foi pena mesmo não termos conseguido alcançar o título mundial.
Acredita que, com os resultados desse Mundial, os jovens portugueses podem vir a conquistar, agora, mais espaço nas equipas nacionais?
Acredito que sim. O jovem jogador português vai aparecer mais na I Liga e ter mais espaço para mostrar o seu valor. Espero bem que isso aconteça...
Pessoalmente, que objectivos traçou no imediato? O que podem os benfiquistas esperar, esta época, do Nélson Oliveira?
Podem esperar trabalho, porque eu saberei esperar pela minha oportunidade para poder agarrá-la e mostrar o meu valor! Quero continuar a crescer e a evoluir como jogador, estou no Benfica e isso significa estar entre os melhores, portanto, todos os dias vou aprendendo a ser melhor jogador. Depois, como já disse, é esperar pela oportunidade e saber corresponder.
Tem consciência que, nos últimos anos, é um dos jovens valores em quem os adeptos e os portugueses, em geral, depositam maiores esperanças...
Sim, tenho consciência disso, até porque já senti várias vezes o carinho dos adeptos e sei o que isso representa. Na época passada, por exemplo, quando estava ao serviço do Paços de Ferreira e entrei no Estádio da Luz, deu para perceber o carinho que têm por mim e o apoio que me dão, portanto, espero poder retribuir, jogando e dando-lhes muitas alegrias!
Se lhe pedir para se definir, quais as características que destaca em si?
Sou um jogador rápido, forte e com bastante facilidade de remate. Sei que preciso de melhorar o jogo aéreo e alguns posicionamentos tácticos, mas isso é próprio da minha idade... Aos 20 anos, tenho muito que aprender e algumas coisas a melhorar.
A fase de transição dos juniores para os seniores é, sem dúvida, fundamental para o sucesso da carreira de muitos jogadores. Sente que há uma mudança significativa? Há uma diferença grande na forma de trabalhar e no grau de exigência?
Claramente. Há grande diferença, sobretudo, no ritmo competitivo. Quando era ainda júnior e, felizmente, tive a felicidade e a possibilidade de jogar na I Liga, senti grande dificuldade quando cheguei ao Rio Ave, porque o ritmo nada tinha a ver com aquilo a que eu estava habituado aqui nos juniores... Penso que essa é a principal diferença. Porque em termos de qualidade, as coisas já não são bem assim... Tinha colegas no Benfica que, se calhar, em termos técnicos eram superiores a alguns que se encontram na I Liga, sobretudo ao nível das equipas ditas mais pequenas. O que diferencia é a intensidade dos treinos, a maturidade e a agressividade, factores que nos juniores não são tão notórios.
Psicologicamente também é preciso ser mais forte...
Sim, concordo. É preciso sermos mais fortes psicologicamente porque, como o ritmo é diferente, podemos não entrar logo na equipa e estarmos algum tempo sem jogar... Nesse sentido, é importante sermos fortes do ponto de vista psicológico para não nos deixarmos ir abaixo. Se isso acontecer, podemos deitar a perder uma carreira... Na competição interna no Benfica, é igualmente importante ser forte... A concorrência é grande: Cardozo e Rodrigo mas, também, Saviola, Rodrigo Mora...
São “adversários” que o ajudam a crescer como homem e jogador?
Claro que sim. Há uma competição saudável entre todos os avançados e penso que todos nós oferecemos garantias. Depois, com o trabalho diário vamos tentando conquistar o nosso lugar.
E houve algum jogador que o inspirou desde a infância? Tem algum ídolo?
Quando era pequeno não ligava muito a jogadores, mas há uns anos comecei a admirar o Ibrahimovic, que hoje joga no AC Milan. Outro dos jogadores que passei a admirar foi o Cristiano Ronaldo, não só por ser um grande jogador mas, também, pela capacidade de trabalho que ele tem. É um grande jogador, um excelente profissional e prova-o todos os dias. É um exemplo a seguir por todos. Porquê? Porque além de ser o melhor do mundo e o melhor marcador, acredita que é possível fazer sempre mais! Não lhe basta ser o melhor, ele quer ser sempre ainda melhor! Só temos de admirar um jogador assim.
“Um grande orgulho estar entre os melhores”
O jornal italiano TuttoSport elege, todos os anos, o melhor jogador sub-21 que actua na Europa. E o nome de Nelson Oliveira também faz parte da lista dos 40 nomeados para o prémio "Golden Boy"... Mas o que significa isso para um jogador?
É um grande orgulho estar nessa lista, porque significa que o trabalho que tenho feito foi reconhecido. Neste caso, por um jornal bastante conceituado e que decide, todos os anos, premiar o melhor jogador nesse escalão. É também por isso que trabalhamos, para podermos estar entre os melhores. Naturalmente que é com imenso orgulho que vejo essa distinção, independentemente de vencer ou não o troféu – revela Nélson Oliveira.
Tem consciência que isso lhe dá, também, mais responsabilidade, não tem?
Claro que sim. Estar entre os melhores obriga-me a provar todos os dias a razão pela qual me incluem nesse lote. Mas lido bem com essa responsabilidade e vou trabalhar para continuar a demonstrar a minha qualidade e as minhas capacidades.
“Recuperar os pontos perdidos”
Após o Mundial da Colômbia, Rui Jorge chamou regularmente o jogador do Benfica aos sub-21... O apuramento para o Campeonato da Europa não está fácil, mas Nelson Oliveira acredita que Portugal vai estar no Europeu de 2013, em Israel:
Acredito que sim. A derrota com a Rússia e os empates com a Polónia e Albânia complicaram as nossas contas... Em meu entender, apesar de tudo, o apuramento continua em aberto, se bem que não podemos desperdiçar mais e temos de recuperar os pontos perdidos. No fundo, as nossas contas passam por ganhar os jogos todos até final e esperar para ver. Acho, contudo, que este grupo de trabalho tem valor suficiente para conseguir esse objectivo.
“Todos deviam ser sócios!”
"O Sindicato dos Jogadores é uma garantia importante para os futebolistas." A ideia é subscrita por Nélson Oliveira, que acredita nas vantagens de ser associado do SJPF. O avançado benfiquista deixa, aliás, um conselho aos seus colegas...
Sim, é muito importante. Sou da opinião que todos os jogadores deviam ser associados do Sindicato, porque hoje podemos estar bem mas amanhã não sabemos o que nos pode acontecer... E o Sindicato dos Jogadores, a esse nível, tem desempenhado um papel muito importante. É uma ajuda, uma defesa com a qual os jogadores sabem que podem contar. Há imensos casos de colegas meus que têm trabalho, têm contrato mas, de repente, vêem-se em situações difíceis e a precisar de apoio para resolver a sua situação.
Que expectativas ficaram depois daquele Mundial de sub-20?
Julgo que demonstrámos que temos uma geração de muita qualidade e com bastantes jogadores para serem aproveitados no futuro. Creio que honrámos o País, conseguimos uma participação bastante digna e de que muita gente não estaria à espera. Creio mesmo que a maioria das pessoas não estava nada à espera que tivéssemos uma participação tão boa, mas a verdade é que provámos, acima de tudo, que aquele grupo tem bastante qualidade!
Portugal merecia mais do que o segundo lugar?
Faltou-nos um pouco de sorte na final, porque em nada fomos inferiores ao Brasil. Acho que eles tiveram a sorte do jogo... O primeiro golo é um bocado fortuito, porque a bola foi cruzada e acabou por enganar o Mika, no terceiro golo penso que ele também queria cruzar e acabou por fazer um grande golo, por isso digo que não fomos inferiores a eles, o que nos causou um certo amargo de boca. Julgo que podíamos ter conquistado o título, era mais bonito se assim tivesse sido, mas só temos de estar de cabeça levantada. Fizemos tudo para ganhar e acabámos por fazer um grande Campeonato do Mundo!
O treinador apelidou-vos de Geração Coragem... Aquela selecção foi, acima de tudo, uma equipa de trabalho ou acha que podemos acreditar que o futebol jovem português vai voltar às grandes conquistas?
Acho que fomos uma equipa consciente e que sabia que tinha de usar as suas armas para ganhar os jogos. Sabíamos que havia outras equipas, como a França, por exemplo, que tinham jogadores, não digo com mais qualidade mas mais experimentados, que já tinham jogado nas principais equipas e muitos deles na I Liga francesa... Na nossa selecção havia poucos jogadores com esse ritmo competitivo mas, em termos de qualidade, estávamos bem servidos. Tivemos de adoptar o nosso sistema de jogo... Muitas pessoas diziam que a nossa equipa não tinha um futebol muito bonito, mas o objectivo do futebol é ganhar e, em termos práticos, o nosso futebol dava resultados e era difícil marcarem-nos um golo... Defendíamos todos bem, éramos solidários e, no ataque, acabávamos por ser perigosos e as equipas não se podiam distrair muito connosco... Soubemos aproveitar tudo isso e chegámos à final... Só foi pena mesmo não termos conseguido alcançar o título mundial.
Acredita que, com os resultados desse Mundial, os jovens portugueses podem vir a conquistar, agora, mais espaço nas equipas nacionais?
Acredito que sim. O jovem jogador português vai aparecer mais na I Liga e ter mais espaço para mostrar o seu valor. Espero bem que isso aconteça...
Pessoalmente, que objectivos traçou no imediato? O que podem os benfiquistas esperar, esta época, do Nélson Oliveira?
Podem esperar trabalho, porque eu saberei esperar pela minha oportunidade para poder agarrá-la e mostrar o meu valor! Quero continuar a crescer e a evoluir como jogador, estou no Benfica e isso significa estar entre os melhores, portanto, todos os dias vou aprendendo a ser melhor jogador. Depois, como já disse, é esperar pela oportunidade e saber corresponder.
Tem consciência que, nos últimos anos, é um dos jovens valores em quem os adeptos e os portugueses, em geral, depositam maiores esperanças...
Sim, tenho consciência disso, até porque já senti várias vezes o carinho dos adeptos e sei o que isso representa. Na época passada, por exemplo, quando estava ao serviço do Paços de Ferreira e entrei no Estádio da Luz, deu para perceber o carinho que têm por mim e o apoio que me dão, portanto, espero poder retribuir, jogando e dando-lhes muitas alegrias!
Se lhe pedir para se definir, quais as características que destaca em si?
Sou um jogador rápido, forte e com bastante facilidade de remate. Sei que preciso de melhorar o jogo aéreo e alguns posicionamentos tácticos, mas isso é próprio da minha idade... Aos 20 anos, tenho muito que aprender e algumas coisas a melhorar.
A fase de transição dos juniores para os seniores é, sem dúvida, fundamental para o sucesso da carreira de muitos jogadores. Sente que há uma mudança significativa? Há uma diferença grande na forma de trabalhar e no grau de exigência?
Claramente. Há grande diferença, sobretudo, no ritmo competitivo. Quando era ainda júnior e, felizmente, tive a felicidade e a possibilidade de jogar na I Liga, senti grande dificuldade quando cheguei ao Rio Ave, porque o ritmo nada tinha a ver com aquilo a que eu estava habituado aqui nos juniores... Penso que essa é a principal diferença. Porque em termos de qualidade, as coisas já não são bem assim... Tinha colegas no Benfica que, se calhar, em termos técnicos eram superiores a alguns que se encontram na I Liga, sobretudo ao nível das equipas ditas mais pequenas. O que diferencia é a intensidade dos treinos, a maturidade e a agressividade, factores que nos juniores não são tão notórios.
Psicologicamente também é preciso ser mais forte...
Sim, concordo. É preciso sermos mais fortes psicologicamente porque, como o ritmo é diferente, podemos não entrar logo na equipa e estarmos algum tempo sem jogar... Nesse sentido, é importante sermos fortes do ponto de vista psicológico para não nos deixarmos ir abaixo. Se isso acontecer, podemos deitar a perder uma carreira... Na competição interna no Benfica, é igualmente importante ser forte... A concorrência é grande: Cardozo e Rodrigo mas, também, Saviola, Rodrigo Mora...
São “adversários” que o ajudam a crescer como homem e jogador?
Claro que sim. Há uma competição saudável entre todos os avançados e penso que todos nós oferecemos garantias. Depois, com o trabalho diário vamos tentando conquistar o nosso lugar.
E houve algum jogador que o inspirou desde a infância? Tem algum ídolo?
Quando era pequeno não ligava muito a jogadores, mas há uns anos comecei a admirar o Ibrahimovic, que hoje joga no AC Milan. Outro dos jogadores que passei a admirar foi o Cristiano Ronaldo, não só por ser um grande jogador mas, também, pela capacidade de trabalho que ele tem. É um grande jogador, um excelente profissional e prova-o todos os dias. É um exemplo a seguir por todos. Porquê? Porque além de ser o melhor do mundo e o melhor marcador, acredita que é possível fazer sempre mais! Não lhe basta ser o melhor, ele quer ser sempre ainda melhor! Só temos de admirar um jogador assim.
“Um grande orgulho estar entre os melhores”
O jornal italiano TuttoSport elege, todos os anos, o melhor jogador sub-21 que actua na Europa. E o nome de Nelson Oliveira também faz parte da lista dos 40 nomeados para o prémio "Golden Boy"... Mas o que significa isso para um jogador?
É um grande orgulho estar nessa lista, porque significa que o trabalho que tenho feito foi reconhecido. Neste caso, por um jornal bastante conceituado e que decide, todos os anos, premiar o melhor jogador nesse escalão. É também por isso que trabalhamos, para podermos estar entre os melhores. Naturalmente que é com imenso orgulho que vejo essa distinção, independentemente de vencer ou não o troféu – revela Nélson Oliveira.
Tem consciência que isso lhe dá, também, mais responsabilidade, não tem?
Claro que sim. Estar entre os melhores obriga-me a provar todos os dias a razão pela qual me incluem nesse lote. Mas lido bem com essa responsabilidade e vou trabalhar para continuar a demonstrar a minha qualidade e as minhas capacidades.
“Recuperar os pontos perdidos”
Após o Mundial da Colômbia, Rui Jorge chamou regularmente o jogador do Benfica aos sub-21... O apuramento para o Campeonato da Europa não está fácil, mas Nelson Oliveira acredita que Portugal vai estar no Europeu de 2013, em Israel:
Acredito que sim. A derrota com a Rússia e os empates com a Polónia e Albânia complicaram as nossas contas... Em meu entender, apesar de tudo, o apuramento continua em aberto, se bem que não podemos desperdiçar mais e temos de recuperar os pontos perdidos. No fundo, as nossas contas passam por ganhar os jogos todos até final e esperar para ver. Acho, contudo, que este grupo de trabalho tem valor suficiente para conseguir esse objectivo.
“Todos deviam ser sócios!”
"O Sindicato dos Jogadores é uma garantia importante para os futebolistas." A ideia é subscrita por Nélson Oliveira, que acredita nas vantagens de ser associado do SJPF. O avançado benfiquista deixa, aliás, um conselho aos seus colegas...
Sim, é muito importante. Sou da opinião que todos os jogadores deviam ser associados do Sindicato, porque hoje podemos estar bem mas amanhã não sabemos o que nos pode acontecer... E o Sindicato dos Jogadores, a esse nível, tem desempenhado um papel muito importante. É uma ajuda, uma defesa com a qual os jogadores sabem que podem contar. Há imensos casos de colegas meus que têm trabalho, têm contrato mas, de repente, vêem-se em situações difíceis e a precisar de apoio para resolver a sua situação.