“O capitão é a extensão do treinador e da direção”


RUI DUARTE, no Olhanense desde 2006 acredita que a equipa algarvia acabará por fazer uma boa temporada e admite que usar a braçadeira é uma espécie de "extensão do treinador e da direção para o resto do grupo".

Quais são as suas expectativas para esta época a nível pessoal e coletivo?
As minhas expectativas são as melhores. A atitude positiva que o grupo demonstra a cada treino faz-me acreditar que estamos no bom caminho. Não é fácil construir uma equipa nova com muitos jovens e criar uma identidade que nos possa dar sustentabilidade para a época desportiva. Só com muito trabalho e dedicação poderemos ultrapassar os obstáculos. A nível pessoal sinto-me muito motivado e em plenas capacidades de dar o meu contributo ao clube e ao grupo de trabalho.

É o capitão do Olhanense. Como é que foi escolhido para o cargo?
Quando cheguei ao Olhanense, em 2006, fui nomeado pelos meus colegas para representar a equipa. Ser capitão de um clube centenário e com um historial assinalável é de uma enorme responsabilidade, mas é uma missão que me deixa muito orgulhoso.

Ficou surpreendido com a escolha?
Sim, estava há pouco tempo no clube e havia alguns elementos que eram referências na equipa e que faziam parte do lote de capitães. Com o empenho de todos, tornou-se numa experiência agradável.

Além do Olhanense, foi capitão noutros clubes por onde passou?
Não, nunca.

Gosta de ser capitão?
Amo muito aquilo que faço, amo a minha profissão e ser capitão do Olhanense enche-me de orgulho. Dá-me ainda mais motivação e responsabilidade para continuar a minha carreira.

Quais são as características de um bom capitão?
É importante que todos os colegas respeitem o capitão, pela sua liderança, pelo seu carisma no seio do grupo e pelo que representa para o treinador e para o clube. Nenhuma época desportiva é igual, mas o comportamento de um capitão tem de ser sempre o mesmo, defendendo sempre os interesses do grupo para que, no final, os objetivos sejam cumpridos.

Ser um bom capitão é determinante no sucesso da equipa?
Claro que sim. O capitão é a extensão do treinador e da direção para o resto do grupo. Quando a época desportiva acaba recheada de sucessos é porque tudo funcionou como planeado e que vários obstáculos foram ultrapassados com distinção.

Há algum capitão de equipa que tenha como exemplo?
Sim, o Filgueira (Belenenses), quando estava a iniciar a minha carreira, e mais tarde o Pedro Simões e o Jordão (Estrela da Amadora), cada um à sua maneira, mas que me marcaram positivamente na abordagem aos problemas.

Como tem visto a atuação do Sindicato dos Jogadores no futebol português?
Importantíssima! Faço votos que continuem a defender os jogadores por muitos anos. Partilho regularmente algumas ideias com o presidente do SJPF, Joaquim Evangelista, e testemunho o seu empenho na defesa de todos os jogadores. Quero expressar também que hoje os jogadores sentem-se mais protegidos e esclarecidos em relação à maioria dos assuntos.