“Já há quem prefira o futebol feminino ao masculino”
MARIANA JALECA, futebolista do Quintajense, elogia o SJPF. "Sei que em caso de algum problema o Sindicato estará cá para me ajudar."
Fez apenas 16 anos a 8 de outubro mas o desejo de jogar futebol acompanha-a desde sempre. "Quando era pequena arrancava as cabeças das bonecas e transformava-as em bolas. Passava as tardes a jogar contra a parede e sempre que marcava um golo, no quintal, festejava", explica Mariana Jaleca.
Apoiada pela família, começou a jogar futebol há quatro anos, no Palmelense. Duas épocas depois transferiu-se para o Quintajense FC, clube onde mantém.
Estudante do 11.º ano, Mariana já envergou a camisola da Seleção Nacional (sub-16) em duas ocasiões. "Na estreia, no momento de ouvir o hino, fechei os olhos por umas frações de segundos e pensei ‘estou aqui, sou uma privilegiada, por isso vou agarrar isto com as minhas mãos!’. Espero voltar a ter mais um desses momentos porque é uma sensação que nunca irei esquecer", conta.
Admite que não é fácil conciliar os estudos com o futebol – "quem corre por gosto não cansa e por isso mais vale agora fazer um esforço para no futuro ser recompensada", diz – mas quer fazer carreira na modalidade. "Ambiciono jogar numa equipa estrangeira e de um campeonato mais competitivo. Se isso acontecer terei muitas experiências novas e ganharei mais maturidade. Um dos campeonatos de que gostaria de jogar era o alemão", revela.
Apesar desse objetivo, a jovem avançada acredita que o futebol feminino em Portugal está melhor e que dará um salto qualitativo. "Neste momento já há quem não ache piada ao futebol masculino e prefira ver um jogo de futebol feminino. Acho que o futebol feminino vai conquistar cada vez mais adeptos e se existisse uma liga profissional, desenvolver-se-ia e alcançaria um novo patamar", explica.
Fã de Neymar (Barcelona), João Moutinho (Mónaco), Bale (Real Madrid), Reus (B. Dortmund), Ana Borges (At. Madrid). Jéssica Silva (Albergaria) e Megan Rapinoe (Seattle Reign), a jogadora do Quintajense já foi contactada para emigrar para uma liga mais competitiva. A hipótese ainda está de pé mas para já, nada está decidido. Devido à sua juventude procurou aconselhamento junto do Sindicato dos Jogadores. "Fiquei esclarecida sobre os meus direitos, as minhas preocupações e sei que em caso de algum problema o Sindicato estará cá para me ajudar", revela. Mariana Jaleca elogia ainda a aposta do SJPF no futebol feminino e em Carla Couto (embaixadora para a modalidade). "O Sindicato vai ajudar a desenvolver o futebol feminino e a nomeação de Carla Couto é uma mais-valia porque ela sabe quais são as necessidades da modalidade para um maior desenvolvimento."