O Sindicato dos Jogadores e os parceiros do projeto SPIN Women realizaram na terça-feira, dia 16 de março, um webinar com o tema “A white girls sport? Looking for diversity in women’s Football”.

A partilhar o seu testemunho, em primeira mão, estiveram Cynthia Uwak e Khalida Popal, ex-jogadoras e internacionais pelo seu país. O painel foi, ainda, composto por Layla Mousa da UISP, organização italiana parceira do SPIN e contou com a moderação de Blanca de la Quintana, da Barça Foundation.

O projeto SPIN Women, financiado pelo programa Erasmus+ da União Europeia, tem abordado as barreiras para a inclusão de mulheres, provenientes de minorias e de contextos marginalizados, bem como as estratégias para conseguir essa integração e desenvolvimento através do desporto.

As convidadas partilharam as suas experiências e as dificuldades que passaram durante as carreiras de futebolistas, bem como as suas conquistas. Khalida teve de fugir do seu país, Afeganistão, depois de dar voz às mulheres no futebol e lutar pelos seus direitos, tendo chegado a viver num campo de refugiados.

Cynthia, por outro lado, apesar de ter sido considerada Melhor Jogadora Africana do Ano por duas vezes, jogar na Europa e estar no auge da sua carreira, foi impedida de integrar a seleção nacional da Nigéria, bem como voltar ao país, por causa da sua orientação sexual.

As convidadas destacaram que, apesar das barreiras ainda existentes, as organizações desportivas, a começar pela FIFA, começam a estar disponíveis para abordar o tema, dar voz às mulheres e apoiar a luta pela igualdade.

No caminho para o “empoderamento” das mulheres, destacaram a necessidade de garantir maior representatividade e diversidade nos cargos de decisão.

As histórias inspiradoras de Khalida Popal e Cynthia Uwak estão disponíveis na mais recente edição da W, revista feminina do Sindicato dos Jogadores, que pode ser consultada AQUI.