Opinião: “SPORT4E”


Presidente do Sindicato dos Jogadores e o novo projeto europeu com foco nas carreiras duais.

No artigo de opinião desta semana, publicado no Record, o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, destaca o novo projeto europeu SPORT4E, do qual faz parte o Sindicato e que tem como objetivo apoiar os atletas de alta competição na transição de carreira:

“Os programas europeus para o desporto continuam a apostar nas carreiras duais e apoio à transição de carreira, estando claramente identificada a lacuna nas respostas que existem quer no ecossistema desportivo quer a nível dos apoios públicos.

Desta forma, é com enorme interesse e motivação que o Sindicato dos Jogadores integra o consórcio do projeto Erasmus+ SPORT4E – Skills through sport for employability and empolyment, com vários parceiros internacionais e um parceiro académico em Portugal, o Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto.

Entre os objetivos deste projeto, destaco a criação de materiais educativos vocacionados para o desenvolvimento e implementação das chamadas soft skills e competências adquiridas no ambiente desportivo, que devem ser reconvertidas para facilitar a reintegração no mercado de trabalho.

Estas aptidões e competências devem ser trabalhadas na formação dos atletas, desde que iniciam a sua carreira, mas também junto dos desempregados ou em transição, pretendendo-se aumentar os índices de sucesso ao nível da empregabilidade, investimento e desenvolvimento de projetos pessoais, nomeadamente na área do empreendedorismo.

O projeto não podia ser mais atual, face ao anúncio, pelo Governo, de medidas de apoio para atletas olímpicos, paralímpicos e de alto rendimento, após o termo da sua carreira desportiva.

Todos os atletas que fazem do desporto profissão têm um foco diferente na fase inicial da sua vida ativa e debatem-se, por isso, com dificuldades na transição. Devem ser apoiados na reconversão das suas competências, na literacia financeira e qualificações que sejam diferenciadoras e valorizem as suas experiências pessoais e profissionais.

Este é um desafio cuja resposta do setor do desporto continua a ficar muito aquém do necessário.”

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