“A Seleção feminina vai ter mais sucesso daqui para a frente”
Regina Pereira, capitã do Famalicão, sobre os jogos particulares de Portugal.
A Seleção Nacional feminina fez, em Guimarães, o primeiro jogo de preparação após o apuramento para o Mundial 2023, frente ao Japão. As duas seleções tinham-se encontrado apenas uma vez na história, na Algarve Cup, em 2015. Nesse confronto, do qual a equipa nipónica saiu vencedora por 3-0, estava Regina Pereira. A internacional portuguesa olha agora para este novo confronto e antevê a partida frente ao País de Gales.
Ainda não foi desta que Portugal venceu o Japão, que marca também presença no Mundial. Ana Capeta ainda inaugurou o marcador, mas as visitantes deram a volta ao resultado e venceram por 2-1. Apesar disso, a verdade é que o Japão é uma seleção de história e tradição em Mundiais femininos, pelo que, Regina acredita que foi um adversário perfeito para preparar a competição que aí vem: “Se Portugal quer estar nos grandes palcos, tem de jogar contra as grandes seleções.”
E foi isso que aconteceu. Apesar da derrota, este tipo de jogos permite “perceber quais os pontos menos fortes e trabalhá-los de forma que, quando chegarem ao Mundial e tiverem de defrontar as seleções teoricamente mais complicadas, estejam mais preparadas.”
Para a médio famalicense, um dos grandes pontos a melhorar é a capacidade física e este não é exclusivo da Seleção, mas do campeonato português: “Acho que é um dos pontos que falta melhorar em Portugal: o fator físico, a capacidade física de aguentar o mesmo ritmo todo o jogo.”
Regina acredita que essa diferença para as seleções mais fortes “pode ser fatal. Pode ser um fator que faz toda a diferença nos jogos mais disputados.” Ainda assim, comparando com 2015, altura em que entrou em campo pela Seleção para defrontar o Japão, a portuguesa afirma que “já se nota uma diferença brutal e isso é sinal de evolução em Portugal.” Aliás, Regina defende mesmo que “os clubes já dão outras condições para que as jogadoras consigam melhorar o seu físico e a sua capacidade de aguentar os 90 minutos” e que, mesmo que ainda não estejamos a par com as grandes seleções do mundo, “estamos a caminhar para isso” e “a Seleção vai ter mais sucesso daqui para a frente com esta aposta no futebol feminino.”
Em relação ao jogo que falta frente ao País de Gales, a jogadora portuguesa acredita que a equipa das Quinas “tenha um maior domínio do jogo, com mais posse de bola e com mais criação de oportunidades de golo” até porque a equipa quer “dar resposta à derrota com o Japão.”
O jogo desta terça-feira, entre Portugal e o País de Gales, está agendado para as 17h30, novamente no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.



