Sindicato dos Jogadores e Conselho de Arbitragem assinam protocolo
Antigos futebolistas vão ter acesso direto à carreira de árbitro.
O Sindicato dos Jogadores e o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) assinaram esta sexta-feira, 19 de maio, um protocolo de cooperação, numa cerimónia que decorreu no Campus do Jogador, em Odivelas.
O evento contou com a participação do presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, do presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, José Fontelas Gomes, do ex-jogador Rebelo e da árbitra Tatiana Martins.
Segundo o documento, os ex-jogadores de futebol que tenham sido federados vão poder ter acesso direto à carreira de árbitro, não existindo limite de idade. Para isso, os interessados terão apenas de frequentar uma ação de formação com a duração de 20 horas.
O Conselho de Arbitragem utilizará as instalações do Campus do Jogador para treino e formação dos árbitros, comprometendo-se a disponibilizar árbitros jovens para participar em eventos organizados pelo Sindicato.
O presidente do Sindicato de Jogadores, Joaquim Evangelista, destacou a importância deste acordo: “Este protocolo traduz um compromisso com a profissão de árbitro de futebol, que carece de mais pessoas interessadas em fazer carreira e fortalecer os quadros nacionais, fundamentais para o regular funcionamento das competições. É também um apoio à transição de carreira para os jogadores, cheia de desafios e, nalgumas áreas dentro do desporto, com uma procura claramente superior às ofertas de emprego. Estamos satisfeitos por poder concretizar os dois objetivos e acolher, no Campus do Jogador, o plano formativo criado para os ex-jogadores que participarão no programa. Confiamos que terá adesão. Este pode e deve ser um plano B para os jogadores.”
Por sua vez, o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Fontelas Gomes, elogiou a assinatura deste protocolo: “Achamos que é um acordo interessante para as duas partes, porque temos todos a aprender uns com os outros, os árbitros com os jogadores e os jogadores com os árbitros, seja pela experiência de campo ou pelo conhecimento das leis de jogo. Por um lado, passamos a contar com mais uma forma de combater a falta de árbitros no futebol português, ajudando assim, de uma forma direta, as Associações Distritais e Regionais, que passam a contar com mais árbitros para as suas competições. Por outro lado, os antigos jogadores terão mais uma saída profissional, que lhes permitirá continuarem ligados ao futebol.”
Foto: FPF.



