Bravo, Navegadoras!
O balanço da participação da Seleção Nacional feminina de futebol no Mundial 2023 só pode ser positivo.
Uma vez concluída a caminhada da Seleção feminina no Mundial que está a ser organizado na Austrália e na Nova Zelândia, não poderia nunca deixar de expressar a minha profunda admiração e o mais sincero agradecimento a toda a comitiva nacional pelo desempenho conseguido.
Não tenho dúvidas que os portugueses se sentiram representados ao mais alto nível desportivo pela atitude e pela qualidade que mostraram em três jogos inesquecíveis, nos quais deixaram uma verdadeira impressão digital que marcará as próximas gerações e lhes retirará certamente os pesos de muitos preconceitos e limitações pelos quais as protagonistas desta Equipa das Quinas tiveram de passar para chegarem tão longe.
Durante os intensos momentos em que acompanhei as partidas de Portugal neste Campeonato do Mundo, recuei muitas vezes a 2011, ano em que tive a oportunidade de criar o primeiro departamento de futebol feminino no Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, com o contributo inexcedível de referências intemporais como a Carla Couto e a Edite Fernandes.
Acreditámos no desenvolvimento do futebol jogado por raparigas e mulheres quando poucos o faziam e acreditamos agora, com toda a convicção, que a caminhada das Navegadoras não acaba aqui, nem agora. Os adeptos de futebol já não vão poder ver a sua qualidade nos relvados deste Mundial, mas o seu legado ficará marcado a letras de ouro e servirá de referência incontornável para o futuro. Obrigado por tanto!
Joaquim Evangelista
Presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol



