Face à decisão proferida pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, reforça a importância de defender o modelo europeu de desporto, mas também a integridade e bem-estar dos jogadores:

“A decisão do TJUE veio dar legitimidade ao projeto da Superliga Europeia, que considero não trazer nada de positivo ao futebol, quer no formato em que foi apresentado inicialmente quer nas pretensas alterações a esse formato que os seus organizadores, entretanto, divulgaram.

O modelo de futebol europeu, assente no mérito desportivo, nas oportunidades para médias e pequenas ligas e num sistema de redistribuição de receitas assente nos princípios do desenvolvimento sustentável, da solidariedade e proteção da competitividade, devem continuar a merecer o foco e apoio de todos os agentes desportivos.

Dito isto, encaro a decisão do TJUE sem fatalismos ou receio sobre o futuro do futebol, que já viu acontecer muitas outras reformas em resultado de decisões de instâncias europeias. Vejo este momento como uma oportunidade para a FIFA e UEFA refletirem sobre os atuais quadros competitivos e calendários internacionais, ouvirem e respeitarem os jogadores, tendo a capacidade de os envolver na tomada de decisões.

A saúde física e mental, assim como o bem-estar dos atletas, não deverá continuar a ser posta em causa, como até aqui tem acontecido.”