A Comissão de Diálogo Social, que junta a Liga Portugal e as Associações de Classe dos principais agentes desportivos - Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) e Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) - esteve no palco das Jornadas Anuais 2024 para dar conta dos planos e das expectativas de cada uma. Rui Caeiro, Diretor Executivo da Liga Portugal, foi o moderador desta conversa com um núcleo que tem conseguido um "diálogo sincero, muitíssimo profícuo".

Convidado a apontar uma prioridade a colocar na agenda de quem se prepara para governar Portugal no novo ciclo político que se iniciará com as eleições de 10 de marco, Luciano Gonçalves, presidente da APAF, defendeu que seria importante "reconhecer que 20 por cento da população gira à volta do futebol e merecia mais atenção dos políticos ao movimento associativo".

Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, elegeu a "questão fiscal": "Há questões fiscais que necessitam ser revistas, no sentido de dar músculo ao movimento associativo, desde a base até ao topo." "É importante também rever a compensação pela formação. Fica lá muito pouco dos ganhos que a qualidade dos jogadores gera e era importante corrigir esse aspeto", acrescentou. "Mais importante" ainda é a união das diferentes entidades do setor para fazer ouvir as expectativas comuns: "O Desporto é que nos tem dado alegrias. Temos de ter essa capacidade de olhar para aquilo que nos une e reivindicar."

O Professor Neca, representante da ANTF, deixou aos políticos um conselho: "Serem suficientemente inteligentes para perceberem que está aqui a família do futebol, para a ouvirem, porque as competências estão cá dentro."

Foto: Liga Portugal.