Jogadoras e sindicatos empenhados na profissionalização do futebol feminino


Rita Fontemanha e Micaela Matos participaram num workshop do projeto ROGE25.

Antes da final da Liga dos Campeões feminina, entre o Barcelona e o Lyon, realizou-se em Bilbau um workshop no âmbito do projeto ROGE25 (Raising Our Game Europe 2025), financiado pelo programa Erasmus+ da União Europeia. Este projeto é coordenado pela FIFPRO e integra Sindicatos de 12 países: Portugal, Chipre, Dinamarca, França, Itália, Países Baixos, Eslovénia, Inglaterra, Grécia, Escócia, Espanha e Suécia.

O encontro de Bilbau permitiu aos Sindicatos participantes fazer-se acompanhar por uma jogadora no ativo, de modo a participar nos vários fóruns de discussão em grupo.

Rita Fontemanha, jogadora do Sporting CP, acompanhou Micaela Matos, delegada e representante do Sindicato neste evento.

Ao longo deste encontro, as representantes dos 12 países envolvidos no projeto avaliaram o nível de profissionalização do futebol feminino nos seus respetivos contextos, percorrendo as várias áreas prioritárias identificadas na fase de investigação do projeto.

O ROGE25 tem como principal objetivo elevar os padrões de profissionalização do futebol feminino nos diferentes países europeus, incentivando os Sindicatos participantes a trabalhar em articulação, para promover a melhoria das condições de trabalho das jogadoras e a profissionalização da própria modalidade.

As jogadoras presentes partilharam a realidade dos seus países e debateram as suas ideias sobre como aumentar o nível de profissionalismo nas realidades em que estão inseridas, partilhando os aspetos positivos e as áreas que carecem de investimento e melhoria.

Além das jogadoras e sindicatos, participaram também no workshop representantes da UEFA e da ECA.

Juntamente com Rita Fontemanha, participaram Amber Verspaget (Feyenoord), Charoula Dimitriou (Panathinaikos) e Martina Brustia (Sampdoria) no painel de jogadoras.

A futebolista portuguesa afirmou que o objetivo deste painel foi “dar voz às jogadoras e aos stakeholders para compreender quais são as nossas preocupações, o que pensamos e onde estamos atualmente. Esse ponto de vista e essa visão também são importantes para continuar a desenvolver e a elevar o jogo. Para mim, ser verdadeiramente profissional é ter a garantia de que posso simplesmente estar focada no meu desempenho, no treino e no descanso.”

Fontemanha acrescentou que “precisamos de mostrar e fazer com que as pessoas entendam o que estamos a passar. Por exemplo, um presidente de clube que nunca jogou futebol pode não saber o que sentimos como jogadoras, o que realmente precisamos e por que é tão importante para nós ter boas condições, desde campos a balneários e equipamentos que nos sirvam.”

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