“O Sindicato foi das primeiras organizações a apostar no futebol feminino”
Primeira edição do Estágio da Jogadora surge na sequência da criação do departamento de futebol feminino em 2011.
O ano de 2025 fica marcado pela iniciativa histórica de, pela primeira vez, se realizar um Estágio da Jogadora para futebolistas sem clube ou que tenham contrato, mas que iniciem a época desportiva mais tarde.
No discurso de apresentação oficial desta iniciativa, o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, destacou o facto de o Estágio da Jogadora ser lançado num momento em que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) comunicou a disponibilização de 22 milhões de euros para o desenvolvimento do futebol feminino.
“É um orgulho enorme. O Sindicato foi das primeiras organizações a apostar no futebol feminino. Em simultâneo, foi transmitido pela FPF [o valor de] 22 milhões de euros ao futebol feminino. Foi com enorme satisfação que fiz parte da equipa do projeto do Pedro [Proença]. No programa que foi validado, há muitas iniciativas e propostas que vão dirigidas a este projeto, aos jogadores em transição, carreiras duais, plano B ou reconversão de jogadores para outra atividade. O Pedro aceitou as propostas do Sindicato, que vão ser fundamentais para os próximos quatro anos”, sublinhou o líder sindical.

Por sua vez, o presidente da FPF, Pedro Proença, congratulou-se com o primeiro Estágio do Sindicato para as jogadoras: “Pontapé de saída num projeto que se iniciou há 23 anos para os homens, mas que agora inclui as mulheres. Parabéns pela visão e a forma como tens [Joaquim Evangelista] olhado para o futebol português. A mulher passou também a ser a centralidade. O Sindicato está a fazer o seu trabalho ao desenvolver o seu plano estratégico para que diversas fases devam acontecer. Ao Sindicato, a Federação está sempre ao seu lado. O futebol feminino está numa fase de crescimento e rendimento. Vamos investir 22 milhões de euros este ano para o desenvolvimento do futebol feminino, é um dos eixos estratégicos que queremos nos próximos anos. Fico muito satisfeito por perceber que este Sindicato passou também a olhar de forma muito forte para o futebol feminino. O Joaquim não abdicou da Carla Couto quando eu era presidente da Liga e a convidei para embaixadora. O futebol feminino é o futuro e as nossas Seleções precisam do trabalho do Sindicato e de projetos desta envergadura.”
Joaquim Evangelista reforçou a ideia de Pedro Proença: “Temos consciência de que Portugal ainda está com um problema de recrutamento. Todas as medidas adotadas são no sentido de incentivar as jogadoras a praticar o desporto. O Estágio serve não apenas para as jogadoras que eventualmente recuperam aqui a forma, mas para atrair novas jogadoras. Este Estágio pretende dizer aos pais e avós que este é um espaço seguro e de inclusão, onde as jogadoras podem desempenhar a sua atividade e experimentar o futebol sem metas e exigências. É fundamental haver espaços desta natureza para que elas pratiquem futebol sem medos.”
No final da apresentação oficial, os presidentes do Sindicato dos Jogadores e da FPF desceram ao relvado do Campus do Jogador, em Odivelas, com Joaquim Evangelista a oferecer a Pedro Proença uma camisola alusiva ao 1.º Estágio da Jogadora, enaltecendo a sintonia entre as duas instituições, na promoção e valorização da jogadora.




